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Centro de Estudos Sobre Intolerância - Maurício Tragtenberg

Departamento de Ciências Sociais - Universidade Estadual de Maringá (DCS/UEM)

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O indivíduo e a globalização no filme Lost in Translation, de Sofia Coppola

Por OLIVEIRA, Tatiana Fonseca

Resumo

Este artigo visa a pontuar os significados de subjetividade e individualidade no atual processo de globalização, através do filme Lost in Translation, de Sofia Coppola. Acreditamos ser este o ponto central - e ao mesmo tempo poético - do filme de Sofia. Os personagens que se apresentam como estrangeiros no Japão (sintomático país escolhido como cenário pela diretora) “revelam-se” em um movimento contrário e “autenticamente humano” em relação ao atroz (ou não) mundo globalizado, uma vez que a história é um construto social e genérico que contém em si as possibilidades de transformação.

Palavras-chave: cinema, indivíduo, globalização.

Abstract

This article focuses on approaching the meaning of subjectivity and individuality in the current process of globalization, through the movie Lost in Translation by Sofia Coppola. This is the movie’s main aim, as well as its poetical feature. The characters are presented as foreigners in Japan (symptomatic country chosen for the setting by the director), turning out to be in a contrary move – authentically human – in relation to the atrocious (or not) globalized world, as history is a mean of social and generic construction, which holds the possibilities of transformation.

Key words: cinema, individual, globalization.

Esvaziando Olga

Por SILVA, Michel

O filme Olga (MONJARDIM, 2004) sem dúvida comove, comove muito, seja pelos temas tratados, seja pela forma como são trabalhados esses temas. Porém, não é muito difícil ao observador perceber que por trás de toda a melancolia que envolve o filme há algum problema, alguma contradição, ou melhor, o filme inteiro é uma contradição, ao centrar-se em um suposto conflito interno de Olga Benário, conflito este que seria a luta entre a “militante” e a “mulher”. Nesse sentido, o filme parte de dois preconceitos normalmente associados à militância revolucionária. Primeiro, de que a militância revolucionária é algo cerebral, desprovido de sentimentos, que prioriza unicamente a luta política e não tem qualquer vínculo com questões pessoais. Segundo, de que para o militante revolucionário não exista nada além da revolução, nem amores e muito menos família. Com isso, o filme acaba tratando os militantes comunistas, em particular Olga e Luís Carlos Prestes, de forma estereotipada, como pessoas que até o momento de se conhecerem teriam tolhido sentimentos e desejos em nome da revolução.

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Publicada em 03.12.04 - Última atualização: 01 dezembro, 2005.