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por MARCOS CLAIR BOVO
Graduado
em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá. Especialista em
Didática e Metodologia de Ensino pela Universidade Norte Paranaense.
Mestre em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá. Doutorando em
Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP)-Campus Presidente
Prudente. Professor Assistente do Departamento de Geografia da Faculdade
Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão.
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Desenvolvimento da educação ambiental na vida escolar:
avanços e desafios
Marcos Clair Bovo
Resumo:
Este artigo tem por objetivo apresentar algumas
orientações teóricas e metodológicas referentes à Educação Ambiental
no contexto escolar, visando propor metodologias de investigação e
exploração dos problemas ambientais orientadas por princípios, valores
e habilidades necessárias aos educando para resolver problemas. Além
dessa discussão faremos uma breve história dos congressos, eventos e
encontros que tornaram possível a elaboração da legislação ambiental
para a Educação Ambiental formal e informal.
Palavras Chaves:
Educação Ambiental, ensino, meio ambiente.
Abstract:
This paper aims to present some theoretical and methodology
orientation concerning environmental education in school context via
is and exploration methods for environmental problems guided by
moreover, it approaches the congresses, events and gatherings that
have environmental legislation possible for both formal and informal
education.
Key words:
Environmental
Education, teaching, environmental. |
Governantes e planejadores
podem ordenar mudanças e novas abordagens de desenvolvimento que possam
melhorar as condições do mundo, mas tudo isto não se constituirá em
soluções de curto prazo, se a juventude não receber um novo tipo de
educação. Isso vai requerer um novo e produtivo relacionamento entre
estudantes e professores, entre escolas e comunidades, entre sistema
educacional e sociedade. É nesse sentido que devem ser lançadas às
fundações para um novo programa mundial de Educação Ambiental que se
torne possível o desenvolvimento de novos caminhos e habilidades,
valores e atitudes, visando à melhoria da qualidade ambiental e,
efetivamente, a elevação da qualidade de vida para as gerações presentes
e futuras
(trecho da Carta de
Belgrado, 1975).
A preocupação em discutir as questões ambientais no processo
de escolarização de crianças e jovens remonta a década de 1990, porém o
marco do surgimento do debate ambiental é a década de 1960. Em 1962 Raquel
Carson apud MEC (1998), com o seu livro “Primavera Silenciosa”, lançou de
modo enfático, as primeiras bases para que todos os cientistas, crianças,
jovens, políticos e professores dirigissem seus olhares e suas ações para a
defesa dos ecossistemas do planeta Terra.
Raquel Carson apud MEC (1998), descreveu nesse livro
pioneiro, as mais graves agressões aos ambientes e à nossa saúde,
enfatizando a perda da qualidade de vida de todos.
As questões ambientais tomaram mais força nos idos dos anos
de 1970, quando eclodiu no mundo um conjunto de manifestações, incluindo a
feminista, a revolução estudantil de maio de 1968 na França e o
endurecimento das condições políticas na América Latina, com a instituição
de governos autoritários, em reposta às exigências de organização
democrática dos povos em busca de seus direitos de liberdade, ao trabalho, à
saúde, ao lazer e a definição participativa de seus destinos.
Os antecedentes ao debate ambiental da década de 1970
ocorreram em 1950 e 1960, com os episódios da contaminação do ar em Londres
e Nova York, entre 1952 e 1960, com os casos fatais de intoxicação com
mercúrio em Minamata e Niigata, entre 1953 e 1965, com a diminuição da vida
aquática em alguns dos Grandes Lagos norte-americanos, a morte de aves
provocada pelos efeitos secundários imprevistos do DDT (dicloro-difenil-tricloroetano)
e outros pesticidas e a contaminação do mar em grande escala, por dejetos
industriais e derrames de petróleo ocasionado por acidentes de navios
petroleiros.
Em 1972 foi realizada a Conferência de Estocolmo na Suécia
onde reuniu alguns países e alinhou mais de vinte princípios, orientadores
para as políticas nacionais de meio ambiente. Entre os principais estão: o
direito a um ambiente sadio e equilibrado e à justiça social; a importância
do planejamento ambiental; os riscos dos altos níveis de urbanização; a
busca de fontes alternativas limpas de energia; o uso dos conhecimentos
científicos e de tecnologia para resolver os problemas ambientais; o papel
relevante da Educação Ambiental.
A partir da Conferência de Estocolmo, muitas discussões sobre
a Educação Ambiental foram desencadeadas. Os princípios de Educação
Ambiental foram estabelecidos no seminário de Tammi, com a Comissão Nacional
Finlandesa para a UNESCO, em 1974. Esse seminário considerou que a Educação
Ambiental permitiria alcançar os objetivos de proteção ambiental desde que
fizesse parte da educação integral e permanente.
Os movimentos pacifistas, pondo-se a ameaça de destruição
potencial do planeta, rapidamente incorporaram as bandeiras ecológicas,
ampliando o espectro de sua atuação. O melhor exemplo é o Greenpeace (Paz
Verde), formado originalmente por ex-soldados americanos e canadenses.
Tornaram-se célebre por atitudes como impedir ações do governo ou empresas
prejudiciais ao ser humano e ao ambiente natural, tais como a pesca da
baleia, os testes nucleares e o transporte irresponsável de substâncias
tóxicas.
Com o início dos movimentos ambientalistas tivemos em 1977 a
Conferência de Tbilisi, na Geórgia. Nesta conferência surgiram as propostas,
definições, os objetivos, os princípios e as estratégias para a Educação
Ambiental, que foram adotadas por vários países, dentre eles a Inglaterra,
França, Canadá entre outros. O documento de Tbilisi postula que a Educação
Ambiental é uma parte essencial para a educação global, reconhecendo que:
A Educação Ambiental não deve ser uma disciplina agregada aos
programas escolares existentes, senão que deve incorporar-se aos programas
destinados a todos os educandos seja, qual for à idade...Seu tema deve
envolver todas as partes do programa escolar e extra-escolar e constituir um
processo orgânico, contínuo, único e idêntico... A idéia motriz consiste em
conseguir, graças a uma interdisciplinaridade crescente a uma coordenação
prévia das disciplinas, um ensino concreto que tenda a resolver os problemas
do meio ambiente, ou equiparar melhor os alunos para que possam participar
das decisões (MEC, 1998).
Michaela Mayer (1998) em seu texto “Educación Ambiental: de
la investigación”, aponta para essas ações pedagógicas na Educação Ambiental
por meio de:
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Trabalhos com temas transversais devido à natureza
interdisciplinar e transversal dos conhecimentos em Educação Ambiental; |
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Atividades de campo: excursões naturalistas trabalho com a
natureza fazendo parte das atividades normais das escolas; |
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Trabalho com os currículos, através de projetos de classe,
de uma forma transversal ou multidisciplinar; |
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Trabalho institucional escolar com os problemas ambientais
em colaboração com instituições externas, ou seja, um trabalho conjunto
entre escola e empresa, entre escola e outras instituições com parceria. |
Neste sentido, Mayer (1998) escreve que:
Um dos objetivos mais importantes da Educação Ambiental, em
minha opinião, é justamente educar para enfrentar valores, analisando
diferentes pontos de vista, em relação ao problema concreto. Se os
estudantes sabem valorizar a complexidade dos temas ambientais, e se têm
adquirido um método de análise das posições no campo, podem realmente ser
livres e capazes de obter uma posição própria, compreender e revelar razões
não formuladas (de ordem política, econômica etc.) que estão posterior da
conquista de atitudes por parte de diferentes sujeitos que se enfrentam com
o problema. (MAYER, 1998, P.226).
Como vemos, para Mayer (1998), educar tendo como abordagem a
Educação ambiental, significa confrontar os valores que temos diante de um
ou mais problemas concretos como, por exemplo, discutir a coleta de lixo da
escola, aprender a formular soluções, tomar decisões e agir. No entanto, a
autora diz que, para isso, é preciso que a escola mude sua cultura. Ou seja,
a escola precisa deixar de ser transmissora dos saberes para ser um local
dinâmico e aberto a questões locais. Para Mayer (1998) a escola deve sofrer
transformações pelo menos em três dimensões. Deve deixar de ser escola:
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Que só transmite conhecimentos elaborados em âmbitos
externos para uma escola que constrói conhecimentos relevantes em âmbito
local; |
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Cujos objetivos estão vinculados quase que exclusivamente
aos conhecimentos curriculares em uma escola que trabalhe sentimentos,
discute valores e novos comportamentos; |
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Estática que se modifica tardiamente segundo estímulos da
sociedade em uma escola que quer modificar a sociedade em relação às
instituições. |
Neste contexto, a escola deve se transformar orientando-se
para a investigação e reflexão da temática ambiental, desenvolvendo o senso
crítico e as habilidades necessárias para resolver problemas, construindo
conhecimentos, associado às atividades práticas e as experiências pessoais,
reconhecendo o conhecimento vivenciado pelos alunos.
No Brasil, em 1998, a coordenação de Educação Ambiental, que
destacou, em uma de suas seções, as principais características da Educação
Ambiental na ótica de Tbilisi. Segundo o MEC os destaques são:
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Processo dinâmico interativo:
a Educação Ambiental como um processo permanente no quais os indivíduos e
a comunidade toma consciência do seu meio ambiente e adquirem o
conhecimento, os valores, as atividades, as experiências e a determinação
que os torna aptos a agir individual e coletivamente, e resolver problemas
ambientais. |
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Transformadora: A Educação
Ambiental possibilita a aquisição de conhecimentos e habilidades capazes
de induzir mudanças de atitude. Objetiva a construção de uma nova visão
das relações do homem com o seu meio e a adoção de novas posturas
individuais e coletivas em relação ao ambiente. A consolidação de novos
valores, conhecimentos, competências habilidades e atitudes refletirão na
implantação de uma nova ordem ambientalmente sustentável. |
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Participativa: a Educação
Ambiental atua na sensibilização e conscientização do cidadão, estimulando
a participação individual nos processos coletivos. |
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Abrangente: a importância da
Educação Ambiental extrapola as atividades internas da escola tradicional;
deve ser oferecida continuadamente em todas as fases do ensino formal,
envolvendo ainda a família e a coletividade. A eficácia virá na medida em
que a sua abrangência for atingida na totalidade dos grupos sociais; |
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Globalizadora: a Educação
Ambiental deve considerar o ambiente em seus múltiplos aspectos e atuar
com visão ampla de alcance local, regional e global. |
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Permanente: a Educação
Ambiental tem um caráter permanente, pois a evolução do senso crítico e a
compreensão da complexidade dos aspectos que envolvem as questões
ambientais se dão de modo crescente e continuado, não se justificando a
sua interrupção. Desperta a consciência, ganham-se um aliado para a
melhoria das condições de vida no planeta. |
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Contextualizadora: a Educação
Ambiental deve atuar diretamente na realidade da comunidade, sem perder de
vista a sua dimensão planetária (MEC, 1998, p. 31). |
Esse documento do MEC também destacou os princípios que foram
listados na Resolução número 2 da Conferência de Tbilisi que, até hoje, são
referências para quem atua no setor e foram transformadas em doze pequenos
mandamentos para quem pratica Educação Ambiental:
-
Considerar o meio ambiente em
sua totalidade: em aspectos natural, tecnológico, social, econômico,
político, histórico, cultural, técnico, moral, ético e estético.
-
Construir um processo
contínuo, durante todas as formas do ensino formal, desde o início da
educação infantil.
-
Aplicar um enfoque
interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada área, de modo
a conseguir uma perspectiva global da questão ambiental.
-
Examinar as principais
questões ambientais do ponto de vista local, regional, nacional e
internacional.
-
Concentrar-se nas questões
ambientais atuais e naquelas que podem surgir, levando-se em conta a
perspectiva histórica.
-
Insistir no valor e na
necessidade da cooperação local, nacional, internacional, para prevenir os
problemas ambientais.
-
Considerar explicitamente os
problemas ambientais no plano de desenvolvimento e crescimento.
-
Promover a participação dos
alunos na organização de todas as experiências de aprendizagem, dando-lhes
oportunidade de tomar de tomar decisões e aceitar conseqüências.
-
Estabelecer para os alunos de
todas as idades uma relação de sensibilização ao meio ambiente e a
aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes, para resolver
problemas e classificar valores, procurando principalmente, sensibilizar
os mais jovens para os problemas ambientais existentes na sua própria
comunidade.
-
Ajudar os alunos a descobrirem
os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais.
-
Ressaltar a complexidade dos
problemas ambientais (...) a necessidade de se desenvolver o sentido
crítico, e as atitudes necessárias para resolvê-la.
-
Utilizar diversos ambientes
com a finalidade educativa, e uma ampla gama de métodos para transmitir e
adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, ressaltando principalmente
as atividades práticas e as experiências pessoais (MEC, 1998, p.31).
Na Conferência de Tbilisi não houve participação do Brasil.
Mesmo assim, no Brasil, um grupo de especialistas produziu o primeiro
documento oficial do governo brasileiro sobre a Educação Ambiental sendo
assinado, pela Secretaria Especial de Meio Ambiente e pelo Ministério do
Interior. Esse documento, intitulado “Educação Ambiental”, introduzia no
país princípios e objetivos para a Educação Ambiental definindo que “o
objetivo específico do processo de Educação Ambiental é criar uma interação
mais harmônica, positiva e permanente entre o homem e o meio criado por ele,
de um lado e o que ele criou de outro” (MEC, 1998, p. 39). Para tal tarefa
dever-se-ia “considerar o ambiente ecológico em sua totalidade: o político,
o econômico, o tecnológico, o social, o legislativo, o cultural e o estético
na educação formal”. Para complementar, informava-se que “não poderá ser
mantida a tradicional fragmentação dos conhecimentos ministrados através de
disciplinas escolares consideradas como compartimentos estanques” (MEC,
1998, p. 39).
Em agosto de 1981 ocorreu a promulgação da primeira lei que
instrumentaliza a Educação Ambiental como área que vai abordar as soluções
de problemas ambientais. É a mais importante Lei Ambiental do Brasil que
institui a “Política Nacional do Meio Ambiente” (Lei Federal 6.938/81),
anterior a Constituição Federal. Em relação à Educação Ambiental, o texto da
lei impõe que esta seja ofertada não como disciplina em todos os níveis de
ensino, ou seja, as instituições educativas deverão promover a Educação
Ambiental de maneira integrada aos programas educacionais, podendo ser
trabalhada de forma interdisciplinar ou transversal entre as áreas de
conhecimento. Nesse período temos a criação do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), um órgão com poder para propor normas ambientais, com
força de lei. Em 1987, o antigo Conselho Federal de Educação aprovou o
parecer 226/87, um documento de grande valor na história da Educação
Ambiental. Esse documento enfatizou a urgência da introdução da Educação
Ambiental, propondo que fosse iniciada a partir da escola, numa abordagem
interdisciplinar, levando a população posicionamento em relação a fenômenos
ou circunstâncias do ambiente. Além disso, o parecer surgiu à criação de
Centros de Educação Ambiental nos Estados, para atuarem em pólos
irradiadores da educação para o ambiente.
Em cinco de outubro de 1988, com a promulgação da nova
Constituição Federal, tivemos o Capítulo do Meio Ambiente que, entre outros
avanços na área ambiental, tornou a Educação Ambiental obrigatória em todos
os níveis de ensino, sem, no entanto, tratá-la como uma disciplina a mais na
grade curricular.
Esses acontecimentos no Brasil favoreceram o desenvolvimento
de inúmeras experiências em Educação Ambiental dentro e fora das escolas.
Eles, também, criaram uma situação favorável para o Brasil ser aceito na ONU
para sediar a Rio-92 que, por sua vez, gerou novos eventos e iniciativas,
tanto do governo, como de outros setores ambientais estatais e não estatais
(ONGs etc.).
Entre os dias 3 e 11 de junho de 1992 ocorreu a Rio-92. Esse
evento reuniu delegações oficiais de 178 países nas dependências da
Riocentro. Após vários dias de discussão alguns compromissos do Rio-92 foram
aceitos entre os membros da conferência. Dentre os compromissos, podemos
destacar:
a) Carta da Terra:
é a declaração de princípios do Rio-92, destacaremos apenas os princípios
1 e 10. No princípio 1 está escrito que os seres humanos têm direito “a
vida saudável, em harmonia com a natureza”. O princípio 10 trata da
participação pública dos cidadãos no processo decisório, colocando que “Os
Estados devem promover e encorajar o interesse e a participação da
população através da mais ampla divulgação das informações”.
b) Agenda 21:
com mais de 600 páginas, é um roteiro e um desafio para
garantir a qualidade de vida na Terra no século XXI. Divide-se em 40
capítulos, que funcionam como propostas setoriais, com objetivos, métodos
de ação e previsão de orçamento. O capítulo 36 é dedicado à “Promoção do
Ensino, da Conscientização e do Treinamento”. Um dos compromissos proposto
pela Agenda 21 é que cada país e cada região envolveriam todos os setores
sociais para estabelecerem suas próprias “Agendas 21”. No Brasil, isso vem
ocorrendo raramente, em geral com baixa participação da comunidade.
c) Convenção das Mudanças
Climáticas: A convenção impõe a elaboração de
inventários e programas nacionais para o setor, além da cooperação entre
os países para a transferência de tecnologias “limpas”. O artigo 6º trata
da “educação, treinamento e conscientização pública”. Em dezembro de 1997,
houve a 2ª reunião das partes sobre esta convenção, quando se verificou
que somente a Alemanha e a Inglaterra tinham reduzido a emissão dos
poluentes. Apesar da confirmação científica do aumento do efeito estufa,
houve choques de interesses entre governos e pouco se propôs para evitar,
de fato, o perigo gerado pelo “aquecimento global”.
d) Convenção da Biodiversidade:
Biodiversidade é a enorme diversidade de seres vivos no planeta Terra. A
maior parte está nas áreas tropicais como o Brasil. Ocorre que a ação
humana está colocando a vida em risco. A convenção, que entrou em vigor em
1993, reconhece a necessidade de incentivos financeiros para que os países
que detêm a biodiversidade cuidem de sua conservação e garantam aos
Estados o direito soberano de explorar seus recursos biológicos, porém
dentro dos critérios de “sustentabilidade”.
Esses são apenas alguns compromissos firmados na Rio-92. Em
1997 a ONU promoveu uma sessão especial nos Estados Unidos com o objetivo de
avaliar o que se fez desde 1962 pelo meio ambiente e o desenvolvimento
sustentável. Para prepará-lo houve a Rio + 5, uma grande reunião do setor
não governamental, no Rio de Janeiro. Em ambos os encontros, os
participantes concluíram que não haviam ocorrido os avanços desejados e
necessários, ou seja, há muito trabalho para fazer para que os compromissos
de 1992 sejam efetivados.
Em 1997 foram divulgados os Parâmetros Curriculares
Nacionais. Esses parâmetros deram orientações de como incorporar a dimensão
ambiental na forma transversal nos Currículos de Ensino Fundamental.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem que o tema Meio
Ambiente
seja trabalhado transversalmente na Educação, ou seja, propõem que as
questões ambientais permeiam os objetivos, conteúdos e orientações didáticas
em todas as disciplinas, no período da escolaridade obrigatória. Ao mesmo
tempo, na perspectiva da nova Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9.394/96) há
indicação de mudanças curriculares no ensino formal; a Educação Ambiental
pode ser apresentada em outros níveis de ensino.
Com os crescentes impactos ambientais e problemas decorrentes
para todos os países, várias organizações governamentais,
intergovernamentais e não governamentais realizaram a “Conferência Meio
Ambiente e Sociedade: Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade”.
Esta foi organizada pela UNESCO e pelo governo da Grécia entre 8 e 12 de
dezembro de 1997. Esse encontro também ficou conhecido como “Conferência
Thessaloniki”. Destacamos a seguir os pontos mais relevantes dessa
conferência no que se refere à educação:
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A educação é um meio indispensável para propiciar a todos
os seres humanos do mundo a capacidade de conduzirem suas próprias vidas,
exercitarem a escolha e a responsabilidade pessoal e aprenderem através de
uma vida sem restrições geográficas, políticas, culturais, religiosas,
lingüísticas ou de gênero. |
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A reorganização da educação como um todo em direção a
sustentabilidade, envolve todos os níveis de educação formal,
não formal
e informal,
em todas as nações. O conceito de sustentabilidade não se restringe só ao
ambiente físico, mas também abrange as questões da pobreza, população,
segurança, alimentar, democracia, direitos humanos e paz. Sustentabilidade
é, enfim, um imperativo moral e étnico no qual a diversidade cultural e o
conhecimento tradicional precisam ser respeitados. |
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Todas as áreas temáticas, inclusive as ciências humanas e
sociais, devem incluir as questões relacionadas ao meio ambiente e ao
desenvolvimento sustentável. Para tanto, referir-se a sustentabilidade
requer um direcionamento interdisciplinar e holístico, que reúna
diferentes disciplinas e instituições, ao mesmo tempo em que respeite suas
distintas identidades. |
Em 1997, foi elaborada a “Declaração de Brasília
para a Educação Ambiental” e foi levada para a Conferência de Thessaloniki
como documento oficial do Brasil sobre a Educação Ambiental. Dentre os temas
discutidos nessa conferência foi relevante o item que discutiu “Educação
Ambiental: papel, desafios, metodologias e capacitação”.
De acordo com o texto de Brasília de 1997, o modelo de
educação que permanecia era derivado do “paradigma positivista e da
pedagogia tecnicista, que postulam um sistema fragmentado em disciplinas”
que é diferente do que se quer para a Educação Ambiental. Dentre as falhas
enumeradas estão:
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A falta de capacitação dos professores para Educação
Ambiental, bem como estímulos salariais e profissionais do corpo docente; |
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Carência de pesquisas para produzir, por exemplo,
metodologias pedagógicas de Educação Ambiental para o ensino formal; |
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A falta de materiais didáticos adequados para trabalho em
sala de aula e a não adequação dos disponíveis para a realidade local; |
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A falta de uma política nacional eficaz e sustentada que
promova a capacitação sistemática dos responsáveis pela Educação Ambiental
formal; |
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A ausência de articulação entre MEC e as secretarias de
educação e as escolas, e destes órgãos com outras instituições,
governamentais e não governamentais. |
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A falta de compreensão da classe política em geral, de que
a Educação Ambiental não deve ser entendida como uma disciplina a mais no
currículo devendo, pelo contrário, permear todas as áreas. Dentre as
diversas falhas apresentadas o documento criticou os “conteúdos muito
carregados” em relação à transmissão de conhecimento nos três níveis de
ensino: dificultando uma análise profunda do tema, portanto, a “dimensão
da Educação Ambiental na educação”. |
Diante desses pontos apresentados em Thessaloniki, a
Conferência de Brasília têm como propostas:
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Reestruturar os currículos, nos três níveis de ensino, de
modo a incorporar a temática ambiental de forma interdisciplinar. |
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Estimular a elaboração de novas perspectivas criativas e
participativas para a solução de problemas ambientais. |
Ressaltou que os ministérios assinantes do Programa Nacional
de Educação Ambiental (PRONEA), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o MEC
devam assumir verdadeiramente a sua implementação e priorizar o seu papel de
incentivador e financiador do desenvolvimento de pesquisas, cursos de
capacitação, materiais educativos e a inserção dos temas ambientais nos
currículos de todos os níveis de ensino e de todas as carreiras.
Após a Declaração de Brasília, no ano de 1999, foi elaborada
a lei 9.795/99 com as diretrizes, os princípios, os objetivos da Educação
Ambiental no Brasil. Destacaremos a seguir os artigos 1º e 2º que
consideramos mais relevantes para essa discussão:
Art. 1º - Entende-se por Educação Ambiental os processos por
meio dos qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial a sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2º - A Educação Ambiental é um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em
caráter formal e não formal. (BRASIL, lei 9.795/99).
Os princípios da Educação Ambiental nesta lei são de enfoque
humanista com a concepção ambientalista salientando os aspectos
socioambientais e culturais e indicando um trabalho visando à
interdisciplinaridade, a incorporação da ética, a articulação entre o global
e local. Além disso, está presente nas abordagens da Educação Ambiental, o
caráter participativo, democrático, abrindo espaço para a participação
efetiva da comunidade na construção dos marcos referenciais e na construção
de sínteses inovadoras entre os novos conhecimentos e o saber comunitário.
Quanto aos objetivos propostos, esta lei tem valor gradativo
no sentido de visualizarem o ambiente como o espaço de integração das várias
e complexas relações onde aos aspectos biológicos somam-se aqueles de ordem
social, cultural, econômico e étnico, dentre outros.
Esses aspectos da lei visam garantir a democratização de
informações, estimularem a participação individual e coletiva na solução dos
problemas ambientais, estimularem a cooperação entre regiões, entre ciência
e tecnologia e o fornecimento da cidadania, valorizando ainda a participação
nos processos da Educação Ambiental e o desenvolvimento sustentável do país.
Essa perspectiva de educação trata da formação e atualização
de pessoal e busca de alternativas curriculares e metodológicas para a
capacitação de recursos humanos, abrindo um novo campo de pesquisa e
experimentação em Educação Ambiental. A Educação Ambiental, nessa visão,
deve ter um caráter interdisciplinar, sua abordagem deve ser integrada e
continua em todos os níveis e modalidades de ensino formal, ou seja, “A
Educação Ambiental tratada como tema transversal, será desenvolvida como uma
prática integrada e contínua e permanente em conformidade com a lei
9.795/99”.
É importante destacar que os meios de comunicação de massa
devem ter um papel fundamental na divulgação dos temas ambientais, dos
princípios e objetivos da Educação Ambiental, enfatizando a responsabilidade
destes meios com a sensibilização das pessoas e o acesso à informação sobre
problemas ambientais, à situação ambiental do país, divulgando as soluções
possíveis e os potenciais para o desenvolvimento.
As Conferências e leis estão avançando na questão ambiental e
no Brasil, muitos pesquisadores vêm assumindo compromisso com ela.
Destacamos alguns estudiosos como Genebaldo Freire Dias,
que em seu livro “Fundamentos da Educação Ambiental” esquematizou os mais
graves problemas ambientais da atualidade, dando destaque aos
“socioecossistemas urbanos” que são cada vez mais estressantes. Dias (1993)
relembra que, devido ao modelo de desenvolvimento econômico “insustentável”,
aumentam as dificuldades no meio rural, forçando a migração da família do
campo para a cidade, onde se concentram cada vez mais habitantes. No entanto
as cidades não comportam esse acréscimo populacional, provocando um
sobrecarga em serviços públicos como: segurança, transporte, lazer, educação
e proteção ambiental. O resultado final é diferente impacto como a poluição,
o desemprego, a violência, a inadaptação, o aumento no índice de doenças, o
estresse, em síntese: a perda da qualidade de vida e a redução da qualidade
da experiência humana.
Dias (1993) analisa o modelo de desenvolvimento
“insustentável” que está por trás da realidade urbana. A base de tudo e o
binômio produção-consumo, no qual a “natureza é vista como se fosse um
supermercado gratuito, com reposição infinita de estoque. Nesse modelo os
recursos naturais são utilizados sem nenhum critério e a produção crescente
precisa ser consumida” (DIAS, 1994 p. 23). A mídia é usada para estimular o
consumo tornando-se “especialista em criar necessidades desnecessárias, o
que faz com que muitas pessoas fiquem amarguradas ao desejarem ardentemente
algo que não podem comprar, e que viviam muito bem sem aquilo” (DIAS, 1994,
p.23). Dias também descreve a degradação ambiental decorrente desse modelo.
De um lado, o consumo do “supermercado da natureza” (matérias-primas, água,
energia etc.) gera a destruição de habitats naturais, afetando mecanismos
que sustentam a vida na Terra. De outro, ocorre à perda da qualidade de
vida, por causa da falta de planejamento, das condições inadequadas de
moradia. Este modelo de desenvolvimento favorece a desigualdade, pois há um
super consumismo de um lado e a exclusão total do outro. O sistema econômico
lucra de duas maneiras ao financiar a produção e, depois, financiando
programas de recuperação ambiental. E a mídia tem outro papel, além de
incentivar o consumo: ela noticia os desastres socioambientais, decorrentes
desse modelo insustentável.
Outro estudo importante neste contexto é o de Pádua
e Tabanez (1997), que em seu livro “Educação Ambiental: caminhos trilhados
no Brasil” regatam experiências de todo o país, com a preocupação de incluir
exemplos de Educação Ambiental formal e não formal, somados a alguns estudos
de reflexão sobre o tema.
Pádua e Tabanez (1997) apresentam uma proposta na linha de
Mayer (1998), ou seja, de que a Educação Ambiental inicie-se pelos problemas
locais, de forma participativa, partindo de “baixo para cima”. Para que isso
ocorra o espaço escolar precisa do exercício da investigação e propostas de
soluções.
O livro “Educação Ambiental como Educação Científica:
desafios para compreender ambientes sobre impactos” de Medeiros
e Bellini
(2001) problematizam as concepções de Educação Ambiental voltada para a
educação, para a ciência e seus valores, afirma que:
A Educação Ambiental como educação científica compreende um
processo diferente do atual padrão e das tendências que banalizam essa
prática ao longo dos últimos 20 anos. Esse processo, por sua vez aborda
diversidades biológicas, psicológicas, epistêmicas, sociais, culturais etc.,
em outras palavras, quer, “conhecer conhecimentos” em áreas de fronteiras
com outras ciências, porém indo além das chamadas ciências da educação que
subsistem a ética da compreensão pela ética da moralidade (MEDEIROS E
BELLINI, 2001, p. 4)
Finalizando a discussão desse artigo apresentaremos algumas
propostas e alguns caminhos metodológicos para a Educação Ambiental
elaborados por Jiménez e Laliena (1992):
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Assegurar a relação de atividade de ensino e aprendizagem
com a vida real, analisando os problemas do meio. |
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Facilitar a aprendizagem mediante atividades que façam
conexão com conhecimentos prévios, que partam da experiência vivenciada
pelo educando. |
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Organizar os conhecimentos por meio de eixos que permitam
abordar problemas, situações e acontecimentos dentro do contexto em sua
globalidade. |
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Impulsionar relações de trabalho em equipe tanto de alunos
como professores. |
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Ter presente a concepção de meio como um conjunto complexo,
vivo e dinâmico no tempo e no espaço. |
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Partir da necessidade de um contato direto com o meio,
sempre que seja possível, com o fim de potencializar sua investigação e
estimular uma relação efetiva. |
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Adotar métodos que a partir de proposições de problemas no
meio ambiente, tenha o envolvimento do educando na busca de soluções e
experimentações de formas de aprendizagem em processos de
reflexão-ação-reflexão, que levem a construção de conceitos de
desenvolvimento de valores pessoais. |
 |
Propor atividades que garantam tanto a aprendizagem de
conceitos da problemática ambiental como dos procedimentos e atitudes. |
Outra proposta similar de educação é da Comunidade Autônoma
Basca (GOVERNO BASCO, 1992, apud YUS) em que a “ambientalização” do
currículo supõe:
-
Considerar o meio ambiente
em sua totalidade, natural e criado pelo ser humano, tecnológico e social
(econômico, técnico, histórico, cultural, moral e estético);
-
Ser um processo contínuo;
deverá ser iniciado no nível pré-escolar, assim como no plano escolar;
-
Adotar um enfoque
interdisciplinar fazendo uso de recursos de cada disciplina de forma que
os problemas do meio ambiente sejam colocados de uma perspectiva global e
equilibrada;
-
Fazer com que os alunos
participem na organização de suas experiências de aprendizagens,
dando-lhes oportunidades de tomar decisões e aceitar conseqüências;
-
Estabelecer uma relação
entre a sensibilização sobre o meio ambiente, a aquisição de
conhecimentos, a capacidade de resolver problemas e a aclaração dos
valores, concedendo especial importância à sensibilização sobre os
problemas do meio ambiente que se colocam no país...
-
Ajudar os alunos a
descobrir sintomas e as causas reais dos problemas do meio ambiente tanto
em nível local como internacional.
-
Pôr em relevo a
complexidade dos problemas do meio ambiente e a necessidade de desenvolver
o senso crítico e as atitudes necessárias para resolvê-los.
-
Utilizar os diferentes
meios e métodos educativos para desenvolver essas capacidades em relação
ao meio ambiente, destacando principalmente as atividades práticas e
experiências pessoais (GOVERNO BASCO, apud YUS, p.88).
Como vemos, esses princípios devem ser complementados com
ações e orientações dirigidas pelos professores nos aspectos que considere
mais relevantes ao conhecimento dos educandos, pois os professores
escolherão os núcleos temáticos mais adequados para cada nível de ensino e
obter a participação maior da equipe educativa.
É evidente que algumas proposições estão garantidas nos
Parâmetros Curriculares Nacional, como a abertura e flexibilidade
curriculares, mas, na prática verificamos que prevalece a concepção
tradicional da organização escolar quanto ao conhecimento e trabalho do
docente. No entanto, isso não deve impedir a transversalidade ou
interdisciplinaridade dos temas entre os membros de uma comunidade educativa
para, de fato, efetivar um trabalho comprometido com a nova educação.
Neste sentido, o MEC (1998) apresenta três esferas
necessárias ao trabalho de Educação Ambiental:
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Esfera Cognitiva: é o campo do
conhecimento onde a pessoa recebe informações básicas sobre os temas que
estão sendo trabalhados, sobre a área natural e o mundo construído pelo
ser humano (...). |
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Esfera Afetiva: simbolizada
pelo amor à natureza. Sem ela, a Educação Ambiental perde a afetividade,
pois através da esfera afetiva, a pessoa sensibiliza, para agir em favor
do ambiente e de um mundo sustentável. |
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Domínio Técnico: para exercer
o desenvolvimento sustentável, não bastam as informações teóricas, ou
gostar de Educação Ambiental. Devem-se conhecer formas para transformar a
teoria em prática. Para isso, a transmissão desse conhecimento é
fundamental como parte da Educação Ambiental. |
O trabalho com Educação Ambiental deve partir da observação
das necessidades de nosso entorno e os interesses pelos problemas locais.
Isto, na prática, significa que o educador deve partir da realidade local,
estudando as necessidades, os interesses e os problemas vividos e,
posteriormente, estabelecer as unidades de aprendizagem integradas, que
constituem, basicamente, na seleção de um ou mais temas centrais para a sua
realização, por exemplo, o problema de escassez da água, o problema do lixo
urbano, dos fundos de vales, isso poderá ser pensado nas esferas cognitivas,
afetiva, técnica e epistemológica, orientando o professor para ações
interdisciplinares ou transversais, valorizando as experiências com a
comunidade local.
Apesar de muitas críticas à proposta dos PCNs, salientamos
que os conhecimentos pertinentes à questão ambiental estão bem estruturados
e contribuem para a formação dos educandos onde estimulam “uma consciência
global das questões relativas ao meio, para que possam assumir posições
afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria (BRASIL, 1997.
p. 47)”. Os educandos aprenderiam “a reconhecer fatores que produzem” o real
bem estar, desenvolver o espírito crítico de críticas às induções do
consumismo e senso de responsabilidade e de solidariedade no uso dos bens
comuns e recursos naturais de modo a respeitar o ambiente e as pessoas da
comunidade (BRASIL, 1997. p. 48).
Nesse sentido, consideramos de fundamental importância
entender o atual momento vivenciado pela sociedade brasileira e que a mesma,
muitas vezes, é escamoteada por informações duvidosas que veiculam com
enfoques de símbolos e significados para distorcer a realidade social.
Paralelamente a isso, as questões socioambientais também são desvirtuadas.
Cabe aos professores, garantir momentos de discussão e
compreensão da realidade socio-ambiental em que estamos inseridos, numa
perspectiva de construção de espaços para o exercício da cidadania. Neste
contexto, a Educação Ambiental deve ser relacionada com a vida das pessoas
no seu cotidiano, o que elas vêem e sentem. Conhecer as causas e
conseqüências que provocam os problemas socioambientais locais também
facilitará à sociedade propor soluções.
Atualmente a escola precisa estar atenta às várias formas de
atuação e de informação que a sociedade está sujeita. É necessário refletir
sobre valores presentes entre os seres humanos, que os mesmos foram e são
constantemente veiculados, principalmente pelos meios de comunicação de
massa. Acreditamos que através do ensino é possível construir caminhos,
envolvendo as diferentes áreas do conhecimento, e que através do debate e do
repensar nossa prática cotidiana possamos criar valores de sustentabilidade
econômica, social e cultural.
por MARCOS CLAIR BOVO |
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Referências bibliográficas
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meio ambiente, saúde. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, DF:
MEC/SEF, 1997.
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MEDEIROS, Mara G. Lemes de; BELLINI, Luzia
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Sustentável: uma visão transdisciplinar para ações compartilhadas.
Brasília, DF. IBAMA, 1999.
YUS, Rafael. Temas Transversais: em busca
de uma nova escola. Trad. Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre: Artmed,
1998. |
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