por ANA MARIA CASSU QUEIROZ

Discente do curso de Ciências Sociais na Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

 

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Praça Tubal Vilela: 

espaço de sociabilidade?[1]

Ana Maria Cassu Queiroz

 

Resumo

O objetivo desse artigo é analisar a sociabilidade possível, no espaço público da Praça Tubal Vilela, na cidade de Uberlândia – MG, inserida num contexto urbano em franco crescimento.

A pesquisa empreendida buscou saber, como os grupos ali presentes procedem à divisão territorial do local e por quais premissas orientam a construção das suas relações sociais.

Palavras Chaves: Grupos sociais – território - vizinhança

Abstract

The objective of this article is to analyze the possible sociability, in the public space of the Tubal Vilela Square, in the city of Uberlândia - MG, inserted in an urban context in intense growth.

The undertaken research searched to know, as the local groups proceed the territorial division there from the place and for which premises they guide the construction of this social relations.

Key Words: Social groups – site – neighbourhood

 Introdução

Participar dessa pesquisa tornou-se uma agradável surpresa, uma vez que, em princípio, a escolha do objeto empírico “a praça”, pareceu um tanto inapropriado para a observação das relações sociais cotidianas, dado que, num primeiro momento, a praça, em cidades como Uberlândia[2], substituída pelo shopping, há muito deixara de ser o lugar para o lazer e o “footing”[3].

Com certeza, a pesquisa empírica na Praça Tubal Vilela, cuja proposta foi perceber qual a significação da praça na representação social cotidiana da sociedade uberlandense, cuidou de desvelar que o espaço da praça, para além de simples local de passagem de transeuntes ou de reduto de marginais, permanece como espaço de sociabilidade.

Ainda que pese, conforme Magnani (2002, p. 12), o fato do “deterioramento dos espaços e equipamentos públicos” que, como conseqüência, desencadeia “a privatização da vida coletiva”, ou ainda, segundo D’Incao (1992, p. 96), que “O local de espetáculo e de representação parece hoje ter-se transferido para os shoppings centers e barzinhos da moda, situados em determinados locais da cidade, para onde se vai, preferivelmente de carro e não por ônibus ou a pé”, o trabalho de campo na praça Tubal Vilela, mostrou que os espaços geográficos são marcados por códigos e símbolos que se constróem na vida cotidiana, por sujeitos sociais que ao constituírem sua vida em sociedade dão aos espaços um sentido específico. Como destaca Martins (2000, p. 60):

Se nos fosse possível observar o processo interativo em ‘câmara lenta’, poderíamos perceber o complexo movimento, o complicado vaivém de imaginação, interpretação, reformulação, reinterpretação, e assim sucessivamente, que articula cada fragmentário momento da relação entre uma pessoa e outra e, mesmo, entre cada pessoa e o conjunto dos anônimos que constituem a base de referência da sociabilidade moderna.

Assim, essa pesquisa pergunta sobre como é socialmente construído no cotidiano das relações sociais o espaço na Praça Tubal Vilela e pela sociabilidade decorrente das relações de vizinhança nesse ambiente público.

Quanto à metodologia, a técnica utilizada foi a da observação participante, com o objetivo de analisar esse espaço público no contexto da sua divisão territorial, na conservação ou inovação dos seus espaços físicos e simbólicos e quanto à teia de relações sociais que ali se estabelece.

A partir do conceito de “vizinhança” de Park (1987, p.26), segundo o qual, “uma unidade social que, por sua clara definição de contornos, sua perfeição orgânica interna, suas reações imediatas, pode ser justamente considerada como funcionando à semelhança da mente social...”, foi feita a análise do tecido social e para tanto, foram selecionados alguns grupos ali presentes: os jogadores de dama; um grupo de negociantes, idosos e aposentados e uma vendedora de passes de ônibus.

A construção social do espaço geográfico da Praça Tubal Vilela:

Num plano físico-social, a praça se apresenta enquanto uma forma concêntrica, muito embora socialmente “loteada” e divida em “territórios” determinados. A reprodução da fala do Sr. C., com idade na faixa dos setenta anos (participante do grupo dos idosos, aposentados entrevistado), evidencia essa realidade. Para ele, há o espaço deles, os negociantes, que rotineiramente, após o almoço, encontram-se ali num banco da praça que denominou de escritório, onde fazem negócios; ainda segundo o Sr. C., há o espaço dos “desavergonhados” (próximo dali, um banco onde os adolescentes da escola local namoram e fumam maconha); mais ou menos próximo dali, o banco dos jogadores de dama (geralmente motoristas de ônibus trocando de turno, transeuntes, engraxates, empregados do comércio em horário de descanso e idosos); do lado oposto da praça os que chamou de desclassificados: as ciganas, os moradores da praça, alguns ambulantes e próximo às paradas de ônibus, os vendedores de passes e mais ambulantes.

Nesse espaço cabe ainda o pregador, os transeuntes e outras pessoas que, com seus uniformes, denotam ser empregados do comércio e dos bancos em redor, descansando nos seus intervalos de trabalho.

O interessante é salientar que essa demarcação territorial está estabelecida por um certo controle do espaço físico, segundo os interesses dos grupos ali presentes. Isso fica mais claro, quando a vendedora de passes de ônibus (em sua banca improvisada por um caixote de madeira), questionada a respeito do perigo de assalto, responde que não há esse perigo, pois os “punguistas”[4] precisam voltar à praça e, caso não se comportem, não poderão fazê-lo. Fala essa que remonta ao comentário de Park, segundo o qual, a divisão social produzida na cidade leva qualquer vocação, mesmo a de mendigo, e até mesmo a de “punguista” (grifo da autora) a um caráter de profissão.

Já o Sr C., confrontado com a mesma preocupação, uma vez que ali no banco da praça, ele e seus amigos negociam jóias e alguns deles emprestam dinheiro a juros, responde que os outros grupos “sabem” que eles possuem a proteção de um segurança à paisana na praça e, por isso, não “se metem” com eles.

Com isso, em relação à territorialidade fica a inferência de um acordo tácito entre os grupos. Nesse sentido, diz Rafestin (1993, p. 161):

Falar de território é fazer uma referência implícita à noção de limite que, mesmo não sendo traçado, como em geral ocorre, exprime a relação que um grupo mantém com uma porção no espaço. A ação desse grupo gera, de imediato, a delimitação. Caso isso não se desse, a ação se dissolveria pura e simplesmente. Sendo a ação sempre comandada por um objetivo, este é também uma delimitação em relação a outros objetivos possíveis.

Nesse sentido, um outro aspecto chama a atenção: a descentralização de uma instituição simbólica tão significativa como a Igreja. Descentralizada, porque outrora, apresentava-se como uma instituição tradicional na transmissão de valores culturais e formação da identidade social da cidade, agora, localiza-se timidamente espremida entre instituições do mercado financeiro. Então, essa presença tão discreta de um símbolo que já fôra tão marcante na vida social da cidade, não é mera coincidência em face da distinta presença do mercado, evidenciando que o crescimento urbano instila na sociedade local novos desejos e necessidades, ou ainda, denuncia a presença de novas significações culturais, como diria Castoriadis (1984, p. 230), o magma cultural que permeia as suas representações.

Um outro fator curioso é a substituição do coreto da praça que simbolizava a presença do espetáculo, da manifestação cultural, por um posto policial, apontando a instabilidade social vigente.

Dados que remetem à idéia de que a vida social na cidade de Uberlândia passou a se organizar, orientada não mais pelas relações primárias[5] (fundadas nos mores do lar), mas por padrões e formas de relacionamento social, em um ambiente onde grassa as relações secundárias[6]. Passando, ainda segundo Park, o controle social a ser instituído pela lei positiva e a opinião pública.

No entanto, por outro lado, no mês de junho, ainda se pode encontrar na praça, a comunidade católica trabalhando em barraquinhas das festas juninas. Uma clara demonstração da manifestação da cultura popular, como também de as práticas culturais tradicionais resistem bravamente no tempo e no espaço.

Logo, a praça onde a contradição social é marcante, onde a tradição e o moderno compartilham o mesmo território geográfico, deseja-se perguntar pela sociabilidade possível num espaço assim constituído. 

As interações sociais estabelecidas entre os grupos sociais observados na Praça Tubal Vilela:

Um campo de forças, uma teia ou rede de relações sociais que, a par de sua complexidade interna, define, ao mesmo tempo, um limite, uma alteridade: a diferença entre nós (o grupo, os membros da coletividade ou ‘comunidade’, os insiders) e os ‘outros’ (os de fora, os estranhos, os outsiders). Geertz (1978, p. 25)

Propositadamente esse tópico se inicia com a citação de Geertz, pois a realidade social por ele apresentada nesse trecho, fica muito clara na praça, quando se presencia a fala de um amigo do Sr. C., ao avisá-lo que sua pedinte havia chegado. Situação estranha da qual emergiu maior indagação a respeito. Quando o Sr. C., explica que cada um deles tinha o seu pedinte a quem rotineiramente dava uma “ajudinha” e que um não se intrometia com o pedinte do outro.

Esse episódio, claramente desvela que a praça não está somente dividida territorialmente, mas, sobretudo, reproduz a macroestrutura sócio-econômica citadina no qual está inserida. Acima de tudo, apresentando a “ordem moral” da conjuntura urbana em que está imiscuída. “Ordem moral” no sentido de Park (pp. 36-38), quando a organização dos grupos sociais resulta basicamente da diferenciação econômica gerada pela divisão do trabalho e os tipos vocacionais decorrente, mas também, por grupos de interesses políticos, culturais e étnicos. Tipos de grupos diferentes que no caso da praça, convivem localmente, porém submetidos, conforme Park (p. 62), a um “processo de segregação que estabelece distâncias morais que fazem da cidade (no caso da praça) um mosaico de pequenos mundos que se tocam, mas não se interpenetram”.

Nesse sentido, a praça deixou de ser, como em tempos passados, um espaço aglutinador, onde todos os estratos sociais se reuniam para fins comerciais, culturais e/ou políticos, reforçando a reflexão de D’Incao (p. 97) de que, “O movimento que a sociedade brasileira parece estar tendo é na direção de tornar cada vez mais segregados os diferentes estratos sociais e, obviamente, os raciais”. A sociabilidade da praça recria e reproduz um ambiente social farto enquanto possibilitador de interações sociais, ao mesmo tempo em que, fragmentado e marcado pelo aglomerado de vizinhanças particulares ensimesmadas e orientadas pelos guiões do particularismo dos seus interesses.

Ao se analisar a fala do Sr. C. (do grupo dos negociantes) em relação ao outro lado praça (espaço das ciganas e moradores da praça) e o lado dos estudantes “fumeiros”, ele os designa como os lados da contravenção, da malandragem, dos importunos. Sob esse olhar, nesse espaço da praça Tubal Vilela, a vizinhança se manifesta segmentada em guetos. Para Park (p. 34), guetos são áreas de segregação populacional por colônia racial ou por locais de encontro de viciados e criminosos de todos os tipos.

Sobre o grupo dos jogadores de dama, a uma certa distância pôde transmitir a idéia de alguma coesão mais sólida, entretanto, observando-se mais de perto se nota a fragilidade dos relacionamentos. Os laços que os prendem são superficiais, restringindo-se às partidas as quais partilham, exceto ao acaso, pode existir parceiros fixos e a solidariedade entre eles, se expressa ao ensinar a algum novato a arte do jogo. Conforme fala de um deles, não existe um grupo fixo, os jogadores são alguns motoristas trocando de turno, um ou outro engraxate e qualquer um que se interesse em parar para jogar um pouquinho. Aliás, mostraram-se pouco animados para “jogar conversa fora”.   

Na distribuição da praça, esse grupo se caracteriza por fazer dela um ponto de encontro, um local onde indivíduos diversos se reúnem em torno de uma mesma forma de diversão, no caso o jogo de damas. A esse tipo de relação de vizinhança Park (p. 66) denominou de “região moral”, ou seja:

(...) regiões onde prevalece um código moral divergente, por uma região em que as pessoas que a habitam são dominadas, de uma maneira que as pessoas normalmente não o são, por um gosto, por uma paixão, ou por algum interesse que tem sua raiz diretamente na natureza original do indivíduo.

Quanto à relação de vizinhança estabelecida entre a vendedora de passe de ônibus (representante do grupo de ambulantes) e os “punguistas”, mais uma vez, essa interação assume contornos de uma “região moral”, onde cada qual racionaliza a sua relação com o outro com vista ao seu interesse. Isso fica muito claro quando a ambulante afirma que não há perigo de assalto na praça, pois a necessidade de ambos partilharem o mesmo espaço, leva-os a uma convivência pacífica.

De pronto, esse contexto societal da praça esboça a fala de Bauman (2003, p. 5) quando este afirma que:

O indivíduo precisa dos outros como do ar que respira, mas, ao mesmo tempo, tem medo de desenvolver relacionamentos mais profundos, que o imobilizem num mundo em permanente mudança.

Em se tratando da relação intragrupo, o grupo do Sr. C. (os negociantes) foi o mais detidamente observado e este demonstra um alto grau de interação social. No que concerne ao conceito de vizinhança, denota uma unidade social em consonância com uma mente social, possivelmente em torno do que lhes confere uma mesma identidade social. Pois, comungam de uma mesma situação sócio-econômica, uma mesma disponibilidade de tempo, uma média de idade de 65 anos e partilham de interesses comerciais semelhantes. Com isso, para eles, indistintamente, aquele espaço comum é mais que um banco na praça, é lugar de encontrar os amigos do grupo; conversar sobre a vida e a família, a política, a economia; receber os clientes e os fornecedores (garimpeiros e ourives); fazer negócio; comemorar os bons negócios com um cafezinho no bar em frente. Portanto, fazem dessa área uma “região moral” por representar um lugar de reunião em função dos seus interesses, mas também dos seus gostos e temperamentos. Para Da Matta (1987, p. 15), a significação desses espaços está relacionada a “entidades morais, esferas de ações sociais, províncias éticas dotadas de positividade, domínios culturais institucionalizados e, por causa disso, capazes de despertar emoções, reações, leis”. 

De fato, os grupos sociais que estão em relação na praça vivem a ambigüidade de embora próximos e dividindo o mesmo espaço social seus contatos e associações serem pautados pela transitoriedade e instabilidade. Conforme Park (p. 62):

Isso possibilita ao indivíduo passar rápido e facilmente de um meio moral a outro, e encoraja a experiência fascinante, mas perigosa, de viver ao mesmo tempo em vários mundos diferentes e contíguos, mas de outras formas amplamente separados.

Conclusão

A investigação na Praça Tubal Vilela, orientada pelo conceito de “vizinhança” de Park, aponta que a sociabilidade nessa área da cidade, numa cidade como Uberlândia - cujo cenário é de franco crescimento econômico - as relações sociais estão circunscritas a interesses racionalmente referenciados a objetivos e desejos particularistas.

A maneira racionalizada como cada grupo se apossa da sua área e o comportamento que desenvolve em relação ao(s) outro(s) grupo(s), como por exemplo, a postura dos negociantes ao dar a “ajudinha” à pedinte, ou a forma de se referirem a determinados lados da praça como área de vagabundos; o alheamento entre os jogadores de dama, ou ainda, o modo como se relacionam os ambulantes e os “punguistas”, evidencia interações que negam a referência a sentimentos ou à consideração acerca do outro. Particularmente, no grupo do Sr. C., o nós (o grupo interno) é o que conta, o outro (o grupo externo) é o diferente, o “forasteiro”. Na perspectiva de Simmel (1987, p. 16), os indivíduos contemporâneos, dado ao número de estímulos que a vida urbana proporciona, assumem uma atitude mental blasé, selecionando para interagir apenas as situações do seu interesse, ignorando as demais.

Entretanto, avesso a um pessimismo niilista, importa que as relações humanas sempre propiciarão a emergência de novas formas de sociabilidade. Isso porque, conforme Aristóteles, o homem é um ser social e na visão de Elias a vida humana só faz sentido enquanto referenciada pelo outro. Então, ainda que a sociabilidade da praça esteja construída a partir de premissas individualistas, permanece no indivíduo a potencialidade enquanto descobridor, criador e renovador da sociedade.

Para Martins (p. 57), o “novo herói da vida é o homem comum imerso no cotidiano”, pois é na cotidianeidade que as vontades individuais se impõem, onde, conforme Heller, as necessidades radicais ganham sentido, onde as contradições dão as caras. E porque é o lugar do conflito e onde a vida se faz insuportável é também, na perspectiva de Martins (p. 61), onde:

(...) Os experimentos têm demonstrado que, com grande rapidez, os envolvidos na circunstância de privação repentina de significados são capazes de criar significados substitutivos e restabelecer as relações sociais interrompidas ou, mais que isso, ameaçadas de ruptura.

Castoriadis (1985, p.101), também contribui com estas reflexões sobre a capacidade de criação ser a essência do homem. Assim sendo possui:

(...) a capacidade de fazer surgir o que não estava dado. E imediatamente somos obrigados a pensar que é esta capacidade que corresponde o sentido profundo dos termos imaginação e imaginário. Quando nós abandonamos os usos superficiais deste termo, a imaginação não é apenas a capacidade de combinar elementos já dados para produzir um outro. De um certo modo, ela utiliza os elementos que aí estavam, mas a forma, enquanto tal, é nova.

Se é fato que se herda uma sociedade instituída é fato também que é inerente a essa mesma sociedade o “poder” criativo do vir a ser, a instituição coletiva de uma sociedade onde a diferença seja o elemento fundante da troca, da construção e do desenvolvimento individual e social.

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[1] “...A inauguração de novos e diversificados empreendimentos dão continuidade ao processo de urbanização. De um campo de futebol surge, no início do século, a Praça da República. Graças à quantidade de bambus ali plantados foi chamada pela população de Praça dos Bambus. Em 1959, passa a chamar-se Tubal Vilela, sendo remodelada pelo projetista e engenheiro uberlandense João Jorge Cury, com uma concepção mais voltada para um espaço de convívio e de encontro. (...) A Praça Tubal Vilela, além de ser um conjunto arquitetônico representativo na identidade cultural da cidade, abrigou ao seu redor construções, como: Hotel Zardo e Colombo; edifício do Fórum (1922); Escola Estadual Bueno Brandão, construída em 1915, demolida e reconstruída em 1967; a Igreja Matriz de Santa Terezinha, de 1941. A praça constituiu-se também, em um importante referencial para a comunidade” www.uberlandia.mg.gov

[2] Uberlândia, cidade de porte médio (com quase 600 mil habitantes), um importante e crescente pólo econômico do Triângulo Mineiro - MG.

[3] Ritual de paquera desempenhado pelos jovens, em que moças e rapazes circundavam a praça em sentido contrário na intenção de escolher um(a) pretendente.

[4] Batedor de carteiras, dinheiro e jóias nas ruas ou locais de reuniões.

[5] Relações diretas, face a face, contato físico, base elementar na inter-relação íntima humana. Definição de Robert E. Park. “A cidade: sugestões para a investigação do comportamento humano no meio urbano. In: Otávio Guilherme Velho. O fenômeno urbano. p. 46.  

[6] Relações indiretas nas associações entre indivíduos na comunidade.  (Idem).

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Publicada em 03.12.04 - Última atualização: 12 abril, 2006.