Ano I - Nº 01 - Maio de 2001 - Bimensal - Maringá - PR - Brasil - ISSN 1519.6178

 

Preceitos éticos-morais junto ao profissional das ciências da administração

 

Pedro Henrique Souza*

 

Tratar desse ramo que age junto a sociedade, a qual se denomina Moral, ocasiona, primeiramente, em esclarecer a idéia de que Ética e Moral não são sinônimos em todos os casos que são feitas referências a algum desses campos, como tratam muitos pesquisadores.

Bem, examinar a Ética é, sobretudo, pensar na conduta humana, sistematizada ou melhor, nos juízos inerentes a esta, procurando determinar a finalidade da vida humana através de um processo racional. Com isso, podemos pensar em Ética por intermédio das respostas de duas perguntas: O que é bem para o Homem? O que é mal para o Homem? Logo que respondidas essas indagações, podemos sistematizar qual seria uma conduta viável ao Homem, para que ele consiga prosseguir vivendo em comunidade, com esplêndida harmonia no intuito de alcançar o bem.

Resultado direto desta sistematização são os preceitos que cada indivíduo vai criar para atingir a conduta Ética ou atingir o Bem. Aqui surge a Moral, como sendo os diferentes métodos subjetivos espontâneos de conduta humana que “andam” junto às diferentes comunidades ou grupos humanos para se chegar a Ética; ao comportamento virtuoso.    

Sem dúvida, depois deste exposto sobre Ética e Moral, visualizamos que é necessário a conduta virtuosa, bem como, um respaldo positivo a esta, ou seja, a existência de um código que “proponha” ou promulgue um comportamento harmonioso e eficaz e indo além, este é um forte impulsionador e um grande aparato a vida profissional de todos os especialistas das diversas áreas do conhecimento.

Cabe lembrar que a natureza do ser humano , em geral, prima por atingir a felicidade. Esse é um ato que muitas vezes pode ser inconsciente, mas que necessita de respaldo por todos os seus ângulos – desde sua essência, sua formação até a sua aplicação real ou cotidiana. A Ciência do Direito, por exemplo, é uma disciplina ou ramo científico que busca integrar os diferentes condicionadores sociais promovendo um objeto de estudo, para posteriormente desenvolver normas obrigatórias de convívio social. Ela tem como alicerce todos esses conceitos anteriormente expostos, os quais são necessários em sobremaneira para o desenrolar harmonioso da sociedade.

Agora trazendo essa discussão para o campo das Ciências da Administração, é de suma importância o apoio de um grupo de enunciados que primam por um desenvolvimento e engrandecimento de tal ciência. Pois, a tarefa da Administração é interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos.

O termo administração sofreu um ampliamento em seu significado. O administrador – seja ele diretor de empresa, gerente de departamento, chefe ou supervisor de seção – passou a ser uma figura indispensável em todos os tipos possíveis de organizações humanas nos últimos tempos.

Portanto, o administrador é hoje encontrado em todos os níveis e em todas as áreas da empresa moderna e em todos os tipos de organizações humanas.

Então, percebemos que nesse caso em particular, da figura do administrador, ele possui sob seus domínios a importante missão de promover o desenvolvimento econômico de uma serie de entidades que são, em nosso mundo contemporâneo, a base de toda a estrutura social. Se isso não for feito de uma maneira consciente e virtuosa – em seu sentido filosófico – toda uma sociedade pode “ruir”, causando, assim, desmantelamento de toda uma forma de organização positiva. A disseminação e o estudo do Código de Ética do Administrador e de seu conteúdo é uma missão importante e, a nosso ver, o “chavão” para a efetiva evolução de todo este ramo do conhecimento que se denomina Ciência da Administração.


* Acadêmico do 2o Ano do Curso de Direito da Universidade Estadual de Maringá